Campanha pela libertação do Dr. Abu Safiya ganha força no Brasil
O tribunal de Bersheva, no Estado de Israel, decidiu na última quarta-feira (26) colocar o Dr. Abu Safiya em “detenção administrativa” por 6 meses, sob o pretexto de que ele é um “combatente ilegal”, segundo sua advogada, Gheed Kassem.
Sem qualquer acusação ou prova contra ele, a detenção administrativa pode ser renovada a cada vez por seis meses devido à “existência de informações sigilosas”, às quais somente o juiz pode ter acesso.
Dr. Abu segue preso desde o dia 27 de dezembro quando foi capturado no hospital que dirigia e trabalhava como pediatra, Hospital Kamal Adwan no norte da Faixa de Gaza. Ele e sua equipe foram presos pelas forças militares de Israel. Em sua primeira aparição na prisão, o médico relatou tortura e graves abusos por parte do exército israelense.
Ações no Brasil
Desde janeiro, uma campanha internacional foi lançada e vem ganhando cada vez mais apoio. No Brasil, a campanha pela libertação do Dr. Abu Safiya foi uma iniciativa do Sindicato dos Médicos de São Paulo, que junto de outros sindicatos da área da saúde, entregou em 28 de fevereiro no escritório do Ministério de Relações Institucionais em São Paulo, um primeiro pedido de manifestação do governo pela libertação imediata do médico palestino Hussam Abu Safiya (veja aqui ).
No 10° ENDAP, o candidato a presidente nacional do PT, Rui Falcão, lembrou da prisão do Dr. Abu Safiya. Rui, se prontificou a assinar o manifesto e declarou que a campanha podia contar com seu apoio. O manifesto já foi assinado por mais de 230 pessoas de todo o Brasil. Dentre as assinaturas, destaca-se a da cineasta Tata Amaral e do Doutor Olímpio Barbosa de Moraes Filho – professor UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e diretor da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Uma nova delegação está sendo organizada para se dirigir ao Ministério de Relações Institucionais em Brasília, solicitando a intervenção das autoridades brasileiras.
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Paulo Henrique