Domingo é dia de Virar à Esquerda
Nós não sabemos em quem Lula vai votar no PED. Mas o sinal dado com o cartaz no 2 de julho, na Bahia, pela taxação dos super ricos, assina do pelo DAP, foi amplamente comentado entre os filiados. Vários nos disseram “vocês tinham razão”.
De fato, o DAP publicou em março os 13 Pontos para Virar à Esquerda. A chapa formada sobre essa base, certamente não é a única a defender a taxação dos super ricos. Mas é a única que encaixa esta medida numa plataforma coerente que insiste que com esse “Congresso Não Dá”, que é preciso um Reforma Política para abrir caminho para o Imposto de Grandes Fortunas e a Revogação da Reforma da Previdência, por exemplo. Foi o que abriu caminho para se agregarem à chapa “Virar à esquerda – 210” a tendencia Quilombo Socialista, o Levante Negro de São Paulo e lideranças como o companheiro Esdras Juvenal de Queiroz do Triangulo Mineiro.
Ao mesmo tempo, dizemos que ou o PT e o governo viram à esquerda, ou vamos à ruína. Lula disse que tinha que judicializar a questão do IOF, “senão eu não governo mais o país”. Tem razão, e a verdade é que, em parte, já não governa – estão aí os R$ 52 bilhões, metade do Orçamento discricionário, que abocanharam os parlamentares, inclusive os do PT.
Como sair da enrascada? As chapas em geral dizem três coisas: o fascismo avança no mundo (logo, mais alianças!); que é preciso eleger mais deputados; e é preciso voltar às bases, às ruas etc.
- A extrema direita existe, mas também existe a resistência. Existe na Colômbia e no México cujos governos adotaram certas medidas. Existe nos EUA que deve ter na prefeitura de Nova Iorque um socialista do DSA (Socialistas Democráticos da América), solidário contra a guerra de Trump e Netanyhau em Gaza. Há base na resistência nacional e internacional para uma plataforma de mobilização, nós propomos os 13 pontos.
- Mente para o partido quem diz que o PT vai eleger uma bancada significativamente maior em 2026. Não com esse sistema eleitoral viciado e com o fundão! Não com o sistema de clientela corrupta das emendas parlamentares que favorece as oligarquias partidárias, inclusive no PT! Nos propomos discutir uma Reforma Política – voto em lista, voto proporcional e financiamento público exclusivo – de modo a ajudar a criar, com o movimento social, as condições para uma Constituinte Soberana que revogue as reformas trabalhista, a reforma da previdência e a lei de terceirizações, por exemplo.
- Nós que estamos na base, nunca saímos das ruas. Durante o próprio PED estivemos marcando a presença organizada do PT nos atos 31 de março pela punição dos generais golpistas, no 1º de Maio pelo fim da escala 6X1, no 15 de junho pela Palestina Livre e agora, no 2 de julho na Bahia, onde dos nossos cartazes rodou o Brasil.
Nós queremos uma nova direção no PT para vencer em 2026. Que revalorize as estruturas de base e que olhe para o interior. Que assuma e não terceirize as lutas e esteja nas ruas com uma plataforma própria. Que com ela prepare o povo e certas alianças de esquerda e populares para derrotar a direita e extrema direita em 2026. Sim, este o caminho!
Companheiras e companheiros,
Dia 6, vamos votar e fiscalizar até o último momento da apuração.
Dia 6, o voto é secreto. Chamamos os petistas a votar com a razão e o coração: 210 Virar à Esquerda – Diálogo e Ação Petista e 130 Rui Falcão!
Markus Sokol, membro da Executiva Nacional do PT