Lula encerra Caravana mineira em Belo Horizonte…
… Com o Povo gritando “Fora Temer!”
Após percorrer mais de 1500 quilômetros, 20 cidades, passando pelas as regiões do Vale do Aço, do Mucuri, Jequitinhonha e Norte de Minas, a Caravana chega à capital, com participação massiva dos trabalhadores, juventude e movimentos sociais do Estado.
O ato de encerramento foi na Praça da Estação, em BH, palco de históricas manifestações da classe trabalhadora mineira.
O vereador Betão PT-JF (membro do DAP) foi o primeiro a falar no ato, representando todos os vereadores presentes. Betão afirmou a importância da presença de Lula como candidato à Presidente, afirmando que “Eleição sem Lula é fraude”, assim como que, para reverter as medidas golpistas deste governo ilegítimo, revogar as privatizações e reestatizar as empresas públicas entregues ao capital financeiro internacional, é preciso Lula Presidente com Constituinte.
Com caravanas de todo o Estado, do movimento sindical (CUT), dos movimentos sociais (MST, MAB, Mulheres, Negras e outras), e, principalmente do PT, que se pôs em marcha. Diretórios Municipais e militantes organizaram espontaneamente, sem quaisquer ajudas das direções Estadual e Nacional, caravanas para BH e lotaram a Praça da Estação. Esse esforço foi reconhecido por Lula, que agradeceu a cada filiado, militante e dirigentes municipais do PT por onde passou, pelo empenho e organização dos eventos.
Militantes do Diálogo e Ação Petista de MG, também estiveram presentes com pirulitos e palavras de ordem aprovadas no 6º Congresso do PT e no 7º ENDAP: “Eleição Sem Lula É Fraude” e no verso “Para revogar as privatizações, LULA Presidente com Constituinte”.
De Juiz de Fora Temer, um ônibus de petistas, entre eles 20 militantes do DAP, e carros, também saíram da cidade rumo à BH, com militantes do MST na região. Santos Dumont veio com uma van, liderada pelo vereador Conrado (do DAP-MG) e mais 9 militantes. O Sindicato dos Professores levou 12 professoras. E de BH se juntaram mais uns 10 militantes do Diálogo e Ação Petista.
O senador Lindbergh esteve presente. Após apoiar um referendo para revogar as contrarreformas golpistas, tentou fazer piada sobre defunto se revirando no caixão, afirmando que Tancredo Neves foi contra os golpistas na época de Getúlio, Juscelino e Goulart, mas esquecendo que o mesmo não só defendeu um “parlamentarismo” do qual foi primeiro-ministro em 1963, numa tentativa de usurpar o poder de João Goulart, assim como que, ao final da vida, articulou a eleição indireta de 1984, na qual foi “eleito” presidente pelo Colégio Eleitoral da ditadura, impondo uma derrota ao povo que lutava por Eleições Diretas Já – agora, em BH, a vaia foi inevitável.
Uma das mais aplaudidas foi a presidenta Dilma, aclamada como nossa futura senadora que, ao atacar o golpe contra ela e a democracia, reafirmou que a candidatura de Lula é a única, com apoio popular, capaz de reverter todas as medidas deste governo ilegítimo e reconstruir as políticas públicas, revogar a EC que congela gastos sociais por 20 anos, garantir a soberania nacional recuperando nosso patrimônio público, como pré-sal, como a energia e as terras amazônicas entregue às empresas estrangeiras. Afirmou que a luta contra o golpe é a resistência e a luta necessária. Reafirmou que o golpe foi a medida adotada por àqueles que após perderem quatro eleições para o PT, utilizaram do golpe, já aplicado pelas elites contra os direitos dos povos e das políticas públicas dos governos petistas.
Encerrando a Caravana, o presidente Lula reconheceu o papel do partido e de seus dirigentes e militantes em Minas Gerais, defendeu o referendo revogatório, denunciou o golpe, mas cometeu um deslize, ao relembrar os ataques e os golpes contra Getúlio, Juscelino, ao responder indiretamente Lindbergh, o golpe contra João Goulart quando inventaram um parlamentarismo para impedir a sua posse, afirmou que, como JK, ele perdoava os golpistas. Com o silêncio e a surpresa dos presentes, o presidente retomou o discurso mostrando o papel que as elites sempre utilizaram quando no governo e na presidência: desprezo ao povo. Apresentou os avanços das políticas públicas dos governos petistas: educação, saúde, energia, moradia etc. E salientou a política de conteúdo nacional na questão sobre o petróleo, investimento nas pesquisas que garantiu a descoberta do pré-sal, como o passaporte para o futuro do Brasil, que esse marco precipitou o golpe, pois, com a Petrobras e essa regulamentação, atacou os interesses das empresas estrangeiras e do capital financeiro internacional. Afirmou que a falsidade do combate à corrupção, tem haver também com a perseguição ao PT e a tentativa de impedir sua volta ao governo, já que apenas delações sem provas contra ele são investigadas, quando helicóptero cheio de cocaína, malas de dinheiro, vídeos e conversas telefônicas comprovam propinas, não são investigadas e são absolvidas pelo STF e pelo Senado. Que a perseguição a ele tem um significado histórico, a elite não suporta que um nordestino, operário, metalúrgico, junto com um partido e uma central sindical, conquistas da classe trabalhadora, maior partido de esquerda da América Latina elejam um Presidente e, após um golpe que vem destruindo a Nação, tem liderado as intenções de voto para voltar à Presidência.
O DAP cumpriu seu papel e levantou a bandeira aprovada no 6º Congresso Nacional do PT. Se todos os oradores atacaram o executivo ilegítimo e golpista, o Congresso de maioria de golpistas e corruptos, de um Judiciário com super-poderes, todos a serviço do golpe e dos interesses do capital financeiro, a resolução nacional do PT afirma que é preciso substituir esse podres poderes (as atuais instituições), erguendo novas instituições a serviço da classe trabalhadora, elegendo Lula Presidente para convocar uma Constituinte Soberana.
Gilson Lyrio (Comitê Nacional do DAP) e Sumara Oliveira (DR-MG)