Conferência Mundial Aberta contra a Guerra e a Exploração (2)
Por iniciativa do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos (AcIT) e organizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) da Argélia (país do norte da África), realizou-se com sucesso a 9ª Conferência Mundial Aberta (CMA) contra a guerra e a exploração.
O Diálogo e Ação Petista (DAP), agrupamento de militantes do PT que participou ativamente na preparação dessa conferência, sendo aderente do AcIT desde a sua formação, apresenta, nessa segunda matéria de uma série de quatro, seus resultados.
Defesa de Lula presente na Conferência
Moção é endossada por 150 delegados de 30 países
No decorrer da conferência, dentre os mais de 80 oradores, tomaram a palavra Luiz Eduardo Greenhalgh, Vicentinho e Julio Turra. A delegação brasileira circulou entre os delegados – de acordo com o estabelecido na abertura da CMA, pois só a declaração final seria votada, com uma moção sobre Palestina nela integrada – uma moção contra a perseguição política e judicial a Lula e pelo seu direito de disputar a presidência do Brasil.
Logo na chegada de retorno, a delegação brasileira dirigiu-se novamente aos coordenadores do AcIT, através da carta reproduzida abaixo de Luiz Eduardo, dando conta do julgamento de Lula em 2ª instância marcado para 24 de janeiro e pedindo o reforço da solidariedade internacional contra esse atropelo à democracia e à justiça. De imediato o PT da Argélia enviou a sua mensagem solidária ao PT brasileiro e o AcIT divulgou a carta a seus aderentes:
“À companheira Louisa Hanoune, ao companheiro Dominique Canut
Coordenadores do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos
Em nome da delegação brasileira à 9ª Conferência Mundial Aberta contra a Guerra e a Exploração, dirijo-me a vocês para pedir apoio à uma batalha que teremos nas próximas semanas no Brasil.
Numa aceleração inédita de prazos, o Tribunal Federal Regional de Porto Alegre (TRF-4), responsável pela apreciação do recurso do companheiro Lula contra sua condenação, sem provas, feita em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, marcou para o próximo 24 de janeiro, o julgamento de seu recurso.
Tal aceleração – marcando-se o julgamento num período de recesso do Judiciário e de certa desmobilização dado o transcurso do Natal, a passagem do ano, o verão e as férias escolares – é mais uma prova da má-intenção desta farsa judiciária, desta ofensiva política contra nosso partido e contra o direito de Lula se apresentar como candidato presidencial nas eleições de outubro de 2018.
Em reunião do nosso Diretório Nacional, nos dias 15 e 16 de dezembro, lançamos os Comitês Populares em Defesa da Democracia e do direito de Lula ser candidato, e adotamos um calendário de mobilização que culminará com uma atividade “Rumo a Porto Alegre” (cidade sede do TRF 4) no dia 24 de janeiro próximo.
A moção que apresentamos durante nossa Conferência em Argel, assinada por cerca de 150 delegados(as) provenientes de mais de 30 países, afirmou que “Não aceitamos as medidas arbitrárias e ilegais tomadas contra ele [Lula], já que as acusações carecem de provas e os acusadores proclamam publicamente que contra ele provas não fazem falta porque basta a convicção dos juízes”.
É, portanto, para a confirmação de uma condenação antecipada e sem provas que se encaminha a decisão do julgamento.
Neste sentido, nos dirigimos ao AcIT para que faça chegar a todos os participantes da Conferência de Argel nosso pedido de reforço da solidariedade à nossa luta.
Pedimos o envio de moções “em defesa do direito de Lula se apresentar como candidato, em defesa da Democracia e da Justiça”, contra mais este ato de arbítrio que se prepara para o dia 24 de janeiro.
Aproveito para informar que durante a reunião do Diretório Nacional do PT dei conhecimento a todos os membros da Declaração que aprovamos na Conferência de Argel.
Certos de contarmos com o vosso apoio, atenciosamente.
São Paulo, 19 de dezembro de 2017
Luiz Eduardo Greenhalgh
Secretário adjunto da Secretária de Relações Internacionais do PT”
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