URGENTE: Prisão da presidenta do PT da Argélia

A Secretária Geral do PT da Argélia, Louisa Hanoune, após ser chamada a testemunhar, foi presa por Tribunal Militar na Argélia, simplesmente por ser Secretária Geral (equivalente a presidente no Brasil) e defender as posições do Partido. O país vive manifestações de milhões como noticiamos aqui. Os deputados do PT já haviam renunciado coletivamente aos mandatos em apoio às manifestações e em defesa de uma Assembléia Nacional Constituinte. Leia o comunicado oficial do PT Argelino, que é aderente do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos, assim como o DAP no Brasil.

Comunicado sobre a detenção de Louisa Hanoune pelo Tribunal militar de Blida

Reunido hoje, 9 de maio de 2019, o Secretariado permanente do Birô Político (SBP) do Partido dos Trabalhadores informa a opinião pública dos seguintes fatos.
Louisa Hanoune, Secretária geral do Partido dos Trabalhadores, foi colocada em detenção provisória pelo Tribunal militar de Blida no dia de hoje, após haver respondido a uma convocação do juiz de Instrução como testemunha.
Todos argelinos e argelinas sabem que o Partido dos Trabalhadores combate desde a sua fundação em 1990 pela Assembleia Constituinte soberana parra o surgimento da verdadeira democracia e pela soberania popular. Ele nunca se desviou desta linha diretriz de sua política.
É por isso que o Partido dos Trabalhadores, fiel à sua política, pronunciou-se contra o quinto mandato de A. Bouteflika, decidiu pela demissão de seu grupo parlamentar da Assembleia Popular Nacional e exprimiu-se contra todas as manobras visando contornar a revolução popular que exige a saída do sistema, cuja pretensa transição que querem fazer desemboca na eleição presidencial de 4 de julho de 2019.
É, portanto, disso que é acusada a Sra. Louisa Hanoune.
Para o SBP, trata-se de uma deriva gravíssima, um ato de criminalização da ação política independente e a expressão de uma vontade de disciplinar militantes e ativistas pelo poder de fato. Trata-se de uma medida contra o povo argelino e sua mobilização revolucionária desde 22 de fevereiro de 2019. Conclamamos ao abandono de todas as acusações lançadas contra ela e à sua liberação incondicional.
O SBP chama a todos argelinos e argelinas, que compartilham ou não nossas posições, para se oporem a esse ato antidemocrático que é dirigido contra a revolução de 22 de fevereiro.
Com esta detenção é uma nova etapa que se abre.

O Secretariado do Birô Político do Partido dos Trabalhadores

Argel, 9 de maio de 2019, 16h40

Link jornal argelino El Watan

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