Recorde histórico de desmatamento da Amazônia
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) anunciou, em 07 de junho, que o desmatamento na Amazônia entre janeiro e maio deste ano atingiu um recorde histórico: desde que o INPE começou a medir a devastação da floresta, em agosto de 2015, nunca se destruiu tanto. De acordo com o instituto, foram 2.032 km² derrubados, uma área 34% maior do que a derrubada no mesmo período do ano passado.
Uso das forças armadas não diminuiu incêndios
Em maio se iniciou o uso das Forças Armadas no “combate ao desmatamento ilegal e focos de incêndio”, instituído por decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em todo território da Amazônia Legal – que abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Nesse mês que começou a vigorar a GLO, dados do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) apontam que o desmatamento se acelerou. No período foram derrubados 829 km² de florestas, o que representa 12% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O governo, no entanto, parece que gostou do resultado. Em 10 de junho, Bolsonaro prorrogou o decretado de Garantia da Lei e da Ordem no combate ao desmatamento da Amazônia até o dia 10 de julho.
Publicado originalmente no Jornal O Trabalho 868