Federação: cadê a discussão do programa?
O DAP faz campanha contra a federação que a direção do PT quer formar co o PSB por entender que há profundas divergências políticas entre os dois partidos. As discussões em curso, que incluem o PCdoB, pelo jeito deixam a questão programática num plano muito secundário, se é que está sendo abordada.
A federação deve estar oficializada em cartório, com estatuto até 1º de março, por exigência do TSE, e na pressa as direções desses partidos estão empenhadas em discutir candidatos a governador, chapas proporcionais e a direção da federação. De programa, não se fala.
Segundo matéria da jornalista Mariana Carneiro em “O Globo” (https://blogs.oglobo.globo.com/malu-gaspar/post/pcdob-quer-regra-para-moderar-o-poder-do-pt-em-federacao.html), os presidentes dos três partidos vêm se reunindo e os temas mais quentes são: proposta do PCdoB para “moderar” o poder do PT dentro da federação (o PCdoB já teria inclusive um estatuto a sugerir) e a exigência do PSB em ter o candidato a governador em alguns estados chave. Com o tempo correndo, é improvável que esses temas deixem lugar para uma discussão séria sobre o programa.
O nó da questão está aí. Como fazer uma aliança de quatro anos, como a lei da federação exige, passando por cima ou deixando em segundo plano a discussão sobre a política que essa frente irá defender, o que incui o muito possível novo governo Lula, mas também as bancadas comuns de vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores?
O que essa federação teria a dizer, por exemplo, sobre a proposta de Lula de revogar a reforma trabalhista do golpista Temer? A proposta, apresentada há poucos dias, provocou consternação ou aberta discordância em alguns “aliados”, como o candidato a vice de Lula, Alckmin. O que o PSB, sua direção, deputados e senadores, tem a dizer sobre isso?
Ainda é tempo de barrar essa federação, assim como a vice para Alckmin. O DAP continuará sua campanha, fazendo esse debate onde for possível, externando o descontentamento de muitos militantes do PT.
Concordo plenamente porque já estamos percebendo a divergência de Alckmin em relação a reforma trabalhista. Entendo que isso é apenas um começo, imagina o que vem depois. Não poderia tbm concordar com um vice que massacrou os trabalhadores da Educação, colocou a polícia, ignorou os professores nas suas reivindicações, enfim nunca respeitou o nosso Sindicato. Uma pessoa da direita vice no PT nunca vai dar certo. Já assistimos a esse filme e veja o que deu. Alckmin nunca!!@@@
Meus 41 anos de militância aguerrida e os consequentes prejuízos na vida pessoal, familiar e profissional decorrentes dessa militância me autorizam afirmar que não foi para chegar nisso! ! A federação com PSB e o Alckmin significará o fim do PT, o fim da minha militância… Sou pobre de origem nunca ocupei cargo em aparelho nenhum!! Meu compromisso é com os lascados desse pais!!! É o que eu sou, é com eles e por nós que luto! Não a federação! Não ao fim do PT! Não ao Alckmin! Não à inconciliável luta de classe!!
Sim, entendo que se discutir Programa de Governo é fundamental para iniciar. É claro que é necessário se discutir e dimensionar cada candidatura em Estados . Qual será a mais viável. Essa aliança Alckmin acho ser secundário neste momento. É preciso tbm um diálogo com a Base dos partidos para que consigamos eleger o maior número possível de parlamentares.