Por um candidato petista ao governo do estado! Por um palanque para Lula no Ceará!
O Comitê Estadual do DAP do Ceará divulgou nota oficial em defesa de uma candidatura própria do PT ao governo estadual, como forma de proporcionar um palanque para Lula na campanha eleitoral. Abaixo, a íntegra da nota:
“O Diretório Estadual do PT-CE se reuniu no sábado, 29 de janeiro de 2022, sua segunda reunião desde o Processo de Eleição Direta-PED.
O principal ponto da pauta foram as alianças para as eleições deste ano no nosso estado. Um debate muito limitado já que, a princípio, apenas um representante de cada chapa que concorreu ao PED poderia tomar a palavra. Uma pequena flexibilização permitiu que a representante do Diálogo e Ação Petista tomasse a palavra.
A Executiva Estadual apresentou a posição que já era conhecida graças às declarações à imprensa que os dirigentes deram antes de qualquer debate organizado dentro do partido.
O DAP apresentou a proposta de que se realizassem plenárias regionais do PT com o fim de discutir a política eleitoral para 2022, ao fim das quais o Diretório voltaria a se reunir para decidir. A proposta permitiria envolver no debate o conjunto dos diretórios municipais e a militância, servindo ainda para dar a partida na campanha de Lula no Ceará. A grande maioria do Diretório, com sua decisão já tomada previamente, recusou esta metodologia e votou diretamente uma resolução sobre as alianças no estado.
A resolução de 5 páginas faz uma longa apreciação da situação política, mas, na prática, pode ser resumida ao seguinte: o PT defenderá a manutenção da aliança com o PDT e outros 14 partidos, muitos deles de direita. O PDT, como se sabe, não abre mão de indicar o candidato ao governo, enquanto o PT apresenta o nome do governador Camilo Santana para o Senado.
O que isso significa?
Que o arco de alianças no Ceará, se for confirmada, não seria montado para fortalecer a candidatura de Lula, já que os partidos da aliança poderão apoiar seus próprios candidatos a presidente. Como, pela resolução o PT não concorrerá necessariamente ao governo com candidato próprio, não haveria no Ceará um candidato a governador identificado com Lula. O candidato da aliança ao governo, eventualmente indicado pelo PDT, com certeza apoiará Ciro Gomes.
Na campanha majoritária no Ceará não haveria um candidato de Lula, mas haveria um candidato a governador de Ciro. A campanha de Lula seria marginal à disputa principal no nosso estado. A dúvida é: o candidato petista ao Senado apoiará Lula? No Diretório, esta pergunta foi respondida por dirigentes dizendo que se procurará convencer Camilo a subir no palanque de Lula. A pergunta que fica é: no de Ciro, sua participação já são favas contadas?
O DAP considera que se trata de uma política de liquidação de nosso partido no Ceará e que é preciso reagir a isso.
O DAP se dirige à militância para propor uma reflexão: não é preciso construir uma pré-candidatura petista no Ceará, que provoque a realização de uma prévia onde os filiados e filiadas possam decidir se querem ter um candidato petista ao governo, ou se preferem deixar Lula sem palanque no nosso estado?
Submetemos esta proposta aos petistas cearenses. Vamos discuti-la.
Comitê Estadual do DAP-CE”