8 de março: às ruas contra o genocídio do povo palestino e pelos nossos direitos!
Em 1911, a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas escolheu o 8 de março como Dia Internacional de luta das mulheres trabalhadoras, pelo fim da opressão das mulheres, as mais exploradas e oprimidas, por este sistema capitalista. 123 anos depois, as mulheres – ainda que tenham arrancado conquistas – não estamos libertas da opressão e somos as mais exploradas e oprimidas!
O extermínio que vive o povo palestino tem o rosto da mulher!
Neste 8 de março de 2024, a luta pelos direitos das mulheres integra a defesa do povo palestino, frente a ofensiva do Estado sionista de Israel para dizimá-lo. Dados de fevereiro indicam que num total de cerca de 30.0000 assassinados, 12.000 são crianças e 8.190 mulheres. Dos 7.000 desaparecidos, 70% são mulheres e crianças.
As mulheres palestinas sobreviventes enfrentam a fome e sede, a destruição de suas casas, de hospitais, escolas e as mortes de seus filhos.
A mulher palestina está condenada a fazer cesariana sem anestesia. Seus bebês nascem prematuros, as mães contraem infecções e morrem por complicações. Estima-se que 60.000 palestinas grávidas darão à luz nestas condições nos próximos meses.
As palestinas, como as mulheres em todo o mundo, são vítimas do imperialismo, em particular dos EUA, subalternamente seguido pelos países da União Europeia.
Lula tem razão, não é uma guerra, é um genocídio!
Genocídio que tem rosto de mulher e que expressa o que nos oferece o imperialismo. Defender o povo palestino é reforçar o caráter internacionalista do 8 de março.
No Dia Internacional da Mulher Trabalhadora toda solidariedade ao povo palestino!
– FIM DO GENOCÌDIO!
– CESAR FOGO IMEDIATO, FIM DOS BLOQUEIOS!
No Brasil
Está certo o presidente Lula. A vozes que o condenam são dos mesmos que atacam os direitos da classe trabalhadora e das mulheres em particular.
-Pela ruptura das relações diplomáticas com Israel!
Os que condenam Lula são os mesmos que votaram as contrarreformas Trabalhista e da Previdência, que aprovam a retirada de investimentos públicos na educação e saúde, são os mesmos que apresentam projetos de lei para impedir que a mulher vítima de estrupo ou com uma gestação com má formação congênita, possa realizar abortos no serviço de saúde pública. São os que querem retirar nossos direitos e eles dominam o Congresso Nacional!
Na sua maioria, são os mesmos que participaram do 8 de janeiro de 2023.Os mesmos que apoiaram o golpe militar de 1964.
A impunidade dos militares desde o golpe de 64 deu a eles o salvo conduto para apoiar a candidatura de Bolsonaro e ajudar a colocar Lula na cadeia. Por ocasião dos 60 anos do golpe de 1964, neste 8 de março, como mulheres trabalhadoras, afirmamos:
Punição aos golpistas de ontem e hoje!
Basta de impunidade!
Fim da tutela militar!
No atual Congresso Nacional estas exigências são impenetráveis como são impenetráveis nossas reivindicações:
Creches para nossos filhos!
Políticas públicas para nos proteger da violência a que estamos submetidas!
Direto ao aborto em serviço público de saúde para estancar as milhares mortes de mulheres.
Nos 60 anos do golpe, abrimos a discussão: que o povo decida sobre o que deve ser feito, através de uma verdadeira Assembleia Constituinte Soberana.
Mulheres trabalhadoras declaramos: chega de guerra, chega de retirar nossos direitos, chega de violência contra a mulher!
Em 8 de março, vamos às ruas! Juntem-se a nós e nossa luta!
Mulheres trabalhadoras do DIÁLOGO E AÇÃO PETISTA