DAP Docentes retoma os trabalhos
No último dia 8, o Diálogo e Ação Petista dos docentes do ensino superior (DAP Docentes) retomou os trabalhos. Na esteira da greve da categoria, participaram desta reunião 42 docentes vindos de 15 instituições: IF Sudeste-MG, IFAM e IFMT; UFERPE, UFSCAR, UNIFESP, UFPB, UFERSA, UFSM, UFRB, UFBA, UFAL, UFSC e UFPB; e as estaduais UECE e UNEB.
A atividade discutiu a situação, a relação do governo federal com o movimento grevista, o lugar do PT e da tarefa da militância petista. A forte greve nacional da educação federal é paralela a greves e mobilizações em algumas universidades estaduais, como no Ceará e da Bahia.
A professora Nicole Ponte e o professor Alberto Handfas, respectivamente presidentes da ADUFERP e da ADUNIFES, relataram o estado da luta, das negociações e das últimas assembleias. Seguiu-se um informe da conjuntura política nacional de Markus Sokol, membro da Executiva Nacional (CEN) do PT pelo DAP. Sokol incluiu o desdobramento da reunião solicitada para que a CEN intercedesse, com a participação de uma delegação de grevistas petistas, 4 deles ali presentes.
A reunião seguiu com um rico intercâmbio das experiências na luta e a discussão dos presentes sobre uma série questões tais como:
- As contradições que atravessam o partido diante da greve, onde por baixo há grande simpatia e mesmo por cima, onde há tendência de dirigentes e parlamentares de sustentar a posição do governo de reajuste zero em 2024, há vários outros membros da bancada federal e dirigentes que se posicionam a favor do movimento e pela continuidade das negociações que o governo pretendeu fechar abruptamente;
- O papel deletério da federação Proifes, filiada à CUT e concorrente muito minoritária do sindicato nacional Andes (que vem de sair da Conlutas), e é a base do Comando Nacional de Greve. Malgrado as vitórias da greve pela contraproposta do CNG contra a proposta do governo em suas próprias assembleias, o Proifes assinou um acordo de divisão. Assembleias de Associações Docentes filiadas, por exemplo, na UFSC e UFBA, já pautaram a desfiliação desta federação;
- A necessidade de manter a luta, pressionar os deputados e, através deles, o governo, numa orientação de unidade do movimento em luta.
Os participantes pautaram algumas iniciativas, a proposta de associar um docente no Comitê Nacional do DAP, e uma nova reunião nacional para o dia 14 de junho.