Dr. Abu Safiya relata tortura e graves abusos. Al Mezan pede sua imediata libertação

Após 47 dias de prisão arbitrária, o Dr. Hossam Abu Safiya teve a primeira visita de seu advogado, do Centro de Direitos Humanos Al Mezan, no último dia 11/02. As visitas eram reiteradamente negadas pelas autoridades israelenses desde o sequestro do médico em Gaza, em 27 de dezembro de 2025. Durante a visita na prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, o Dr. Abu detalhou as várias formas de tortura e abuso a que foi submetido.

O médico contou que durante sua captura em Gaza, foi despido à força e obrigado a sentar em cascalho afiado por cerca de 5h. Também foi submetido à graves abusos físicos, espancamentos com cassetetes e bastões de choque elétrico, bem como repetidos golpes no peito.

Na prisão de Ofer, para onde foi transferido em 9 de janeiro, foi mantido em confinamento solitário por 25 dias. Durante esse tempo, suportou interrogatórios quase contínuos por 10 dias. A certa altura, perdeu a consciência devido à graves dificuldades respiratórias.

Dr. Abu também relatou a severa perda de peso, em menos de dois meses perdeu 12kg, evidenciando a política de fome aplicada por Israel contra presos palestinos.

Portador de doença cardíaca que provoca aumento do coração, Dr. Abu Safiya também teve suas solicitações de atendimento médico e exame especializado negadas pelas forças israelenses

Al Mezan condena inequivocamente a tortura e outros graves abusos dos direitos humanos infligidos ao Dr. Abu Safiya pelas autoridades e forças israelenses. Destaca que a forma de tratamento não é um incidente isolado, mas parte das violações sistemáticas e generalizadas dos direitos humanos de Israel contra detidos e prisioneiros palestinos, desde outubro de 2023.

A organização faz um apelo à comunidade internacional para tomar medidas exigindo a libertação imediata e incondicional do Dr. Abu Safiya e de todos os palestinos que foram detidos arbitrariamente e presos ilegalmente pelas autoridades israelenses, incluindo uma quantidade de profissionais de saúde, bem como a punição dos responsáveis.

Com informações de: Al Mezan

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *