México: Conferência Nacional em defesa dos migrantes
Neste dia 22, na Cidade do México, se reúne uma Conferência pelo direito à migração, problema de toda América Latina, tanto que sua convocatória já aponta para uma Conferência Continental. Trump já deportou 400 brasileiros, por exemplo. Reproduzimos trechos e algumas adesões abaixo.
“Trump quer mudar todas as regras que ele vê como obstáculos ao domínio americano e atacar os direitos e benefícios dos trabalhadores, mesmo aqueles em seu próprio país; atacar a soberania das nações.
Trump ordena operações para expulsar migrantes do México, Guatemala, Honduras, Brasil e Venezuela.
O Exército dos EUA “fecha” a fronteira com o México. Há medo e incerteza. As pessoas não querem sair de casa, ir a clínicas ou restaurantes. As crianças vão à escola com medo de não encontrar os pais quando retornarem. As colheitas são perdidas devido à falta de mão de obra. Grupos de migrantes organizam manifestações na Califórnia, Texas, Novo México, etc.
Na América Latina, além dos muros legais e repressivos contra a migração, Trump e seus bilionários ameaçam retomar o controle do Canal do Panamá, que os Estados Unidos tiveram que abrir mão em 1999. Isso seria um terrível retrocesso para a soberania do povo panamenho!
Nos próprios Estados Unidos, por meio do dono da Tesla, ele pretende demitir dezenas de milhares de funcionários do setor público. Os sindicatos estão começando a organizar manifestações sob o lema “salvem nossos serviços públicos”.
É necessário apoiar as medidas do governo mexicano e de todos os governos que defendem os interesses dos migrantes, dos trabalhadores e da soberania nacional.
Os governos da América Latina e do Caribe, isolados uns dos outros, não conseguirão uma defesa significativa contra o imenso poder do governo dos EUA. Não é necessário que os governos de Sheinbaum, Lula, Maduro e Petro convoquem outros governos para formar uma frente unida contra as medidas do governo Trump?
A Conferência Nacional discutirá a necessidade de uma Conferência Continental com organizações e personalidades da América Latina, Caribe, Estados Unidos da América e Canadá.
Fraternalmente
BAIXA CALIFÓRNIA – Martín García Nieto, jornalista independente do norte do México; Juan Carlos Espinoza, organizador sindical de maquiladoras, ex-secretário-geral do Sindicato Independente Dae Woo (coreano); Moisés Valerio, Movimento Urbano Popular; Irma Leyva Sosa, líder de Mães Unidas e Fortes, Familiares dos Desaparecidos; Maricela Gómez M., Comitê de Defesa da Colônia Independencia; Margarita Quiroz Miranda, Resistência Unida em Defesa da Água e a saída da Constellation Brands da Colúmbia Britânica.
CHIAPAS – Ángel Javier Velazco Ruiz, aposentado, sindicalista.
CIDADE DO MÉXICO – Força Independente de Trabalhadores da Saúde; Luis Vázquez Villalobos e Humberto Martínez Brizuela, do jornal El Trabajo; Javier Brena Alfaro, delegado sindical, STUNAM; Braulio Sánchez Hernández, delegado sindical, SITUAM
DURANGO – Mara Livia Chavira, professora, seção 44 SNTE.
GUANAJUATO – Magdalena Rosales, deputada federal de Morena
JALISCO – Sindicato Único de Trabalhadores do Colégio de Bacharéis do Estado
QUERÉTARO – Abel Rojas, representante do dissidente Sindicato Nacional de Trabalhadores Agrícolas Diaristas.
SONORA – Félix Castillo, Comitê de Diálogo dos Trabalhadores;
TLAXCALA -Leonardo Pérez Bravo, Secretário de Relações, Sinadoco;
VERACRUZ – Miguel Ángel Pérez Preza, professor, seção 32 SNTE.