Diálogo Petista 21 – 19 maio 2010
POR OCASIÃO DA CONVENÇÃO OFICIAL DO PT
CONVOCATÓRIA:
REUNIÃO NACIONAL DIÁLOGO PETISTA
13 DE JUNHO DE 2010, BRASÍLIA
1 – COMPROMETIDOS com os princípios da fundação do PT , cuja atualidade é reforçada pela atual crise capitalismo,
2 – DECIDIDOS a combater a volta dos tucanos privatistas como parte da luta pela emancipação do imperialismo,
3 – ENGAJAMO-NOS na vitória da candidatura do PT , Dilma, e dos candidatos do PT nos Estados, como parte da luta por um governo do PT que faça o que deveria ter sido feito:
• Monopólio do Petróleo para a Petrobras 100% Estatal (PLC 531 da FUP);
• Defesa dos Correios e Infraero; Reestatizar a Vale, Embraer e ferrovias;
• Reforma Agrária, atualização do índice de produtividade e limitação do tamanho da propriedade; defesa do pequeno proprietário, ribeirinho, indígena e quilombola; proteção do meio-ambiente;
• Redução da jornada para 40 horas sem redução salarial; Estabilidade no emprego;
• Acabar o superávit primário; revogar a Lei 9.637 das OS’s;
• Centralizar o câmbio para proteger o parque industrial nacional;
• Solidariedade ao Haiti com médicos, engenheiros e técnicos, e não com tropas.
4 – CONVIDAMOS agora, por ocasião da Convenção Oficial do PT, para uma discussão livre sobre como avançar, tanto na luta de classe como também nas eleições.
Há muita coisa que fazer e corrigir em defesa do PT. Afinal, como é possível avançar com Governadores contrários ao novo marco regulatório para o petróleo, como Cabral (PMDB-RJ), ou que reduzem o salário nominal dos servidores, como Eduardo Campos (PSB-PE)?
Como avançar num "acordo nacional" com o PMDB de Jader, Temer e Hélio Costa?
Essas "alianças" ameaçam amputar as bancadas do PT, ameaça na verdade o próprio PT. Ainda mais quando se tratora decisões de encontro, como em Pernambuco.
São problemas urgentes colocados para todos. Afinal, Dilma é a única que pode encabeçar um verdadeiro governo de mudança, com aliados, sim, mas aliados por um governo comprometido com as aspirações de soberania e justiça social do povo brasileiro.
Para tanto queremos uma campanha de polarização e mobilização pelo petróleo, pela terra e as nossas bandeiras!
5 de maio de 2010
Adriano Diogo, deputado PT-SP;
Gilney Viana, em apoio, Coletivo da Secr. Meio Ambiente PT;
João Moraes, coordenador FUP;
José Parente, Conf. Associações Incra;
Julio Turra, Executiva CUT;
Markus Sokol, Diretório Nacional;
Renato Simões, Executiva Nacional.
Haiti: o dia em que o Brasil esteve aqui
Este é o nome do documentário feito por jovens brasileiros (Caito Ortiz, João Dornelas e Fabio Altman) sobre o dia em que a seleção brasileira de futebol esteve no Haiti para um amistoso com a seleção do Haiti (18.8.2004).
Fiquei emocionado, o país saiu às ruas para saudar a seleção desfilando em cima dos tanques brasileiros das forças de paz da ONU.
Mas o que me chamou atenção foi a entrevista do comandante General Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Este senhor veio logo em seguida para o Brasil e assumiu o Comando Militar da Amazônia, começou a dar opiniões sobre o conflito dos fazendeiros arrozeiros e os índios da reserva Raposa Serra do Sol (Folha de São Paulo, 17/04/2008). O general começou a atacar os índios, defender os fazendeiros e em seguida atacou o presidente da República, a política de reforma agrária, política de soberania nacional. Foi ao Clube Militar e se alinhou a militares aposentados, como o General Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador confesso e comandante da Operação Bandeirantes no período do governo Médici.
Comecei a analisar os comandos e reconheci pessoas de extrema direita, ligadas ao passado de repressão e tortura do povo brasileiro e ao comando desta tropa no exterior. Após o terremoto, quando da morte de Zilda Arns, preocupei-me em saber quantos militares brasileiros a acompanhavam na visita. Nenhum. Aí me perguntei: que esses caras estão fazendo lá?
Reprimindo manifestações populares em um país desgovernado sem Estado. Mas é este o papel das forças armadas?
As forças armadas brasileiras só podem fazer no exterior o que constitucionalmente fazem aqui. Não podem exercer o papel constitucional aqui, e no exterior fazer o papel da polícia. Isto pode criar um terrível precedente: ao invés de utilizarmos a Força Nacional de Segurança para funções de polícia, usarmos as Forças Armadas contra manifestações sociais.
A política externa do Brasil é um dos pontos altos do governo Lula, mas a intervenção no Haiti é desastrosa.
O Haiti não precisa de tropas brasileiras. O Haiti precisa de médicos, sanitaristas, multiprofissionais de saúde, engenheiros civis, agrônomos. Nada disto rima com tropas, repressões a conflitos sociais.
O Haiti precisa de organizações políticas que se empenhem na luta e se espelhem na trajetória do presidente Lula que trabalhou para criação de organismos como CUT e PT.
Se não se construir uma sociedade civil organizada, os militares brasileiros que lá estão para reprimir as forças sociais desorganizadas, virão para cá para nos dizer que o Haiti é aqui.
Deputado Adriano Diogo (PT -SP)
Reuniões locais
Juiz de Fora (MG) – Dia 29 se reuniu o Diálogo nesta cidade com 15 petistas, lideranças comunitárias, sindicalistas e vereadores.
Companheiros do sindicato dos Correios relataram o sucateamento para tirar sua credibilidade e abrir a via da privatização. Foi aprovada uma campanha contra a sua transformação em S.A. proposta pelo ex-ministro Hélio Costa (o mesmo que se quer impor como candidato de acordo com o PMDB), coletar assinaturas e divulgar a Audiência a respeito na Câmara Municipal proposta pelo vereador Betão. Também se decidiu outra reunião num bairro onde se concentram petistas.
Guaianazes (SP) – 14 petistas estiveram no Dialogo neste bairro paulista.
Uma professora testemunhou: “Nosso salário é uma desgraça, a escola foi sucateada pelo Serra, e o Chalita como secretário de Educação (PSDB hoje PSB cogitado senador na aliança) aplicou essa política. Não queremos Serra, mas vamos de Mercadante com Chalita? Não conseguimos nada na greve. Precisamos de algo concreto para votar no Mercadante”.
Lucia, do Conselho Municipal de Saúde, argumentou que “no movimento somos contra as OS’s, é a privatização.
O PT não pode ser a favor . Temos de falar com o Lula”. Ficou decidida uma atividade local para discutir a delegação a Bras
ília contra as OS’s.
Zona Norte (SP) – Nove petistas dos diretórios de Jaçanã e Vila Maria vieram à apresentação do Diálogo. Ficou claro não é preciso abandonar os compromissos de cada um, nem se quer substituir as instancias do PT, mas ao contrário ajudar a encontrar saídas.
“Estava na hora de alguma coisa por cima da guerra de tendências que não leva a nada", disse um petista, "pode contar comigo, põe meu nome aí…", acrescentou outro, "o Diálogo aqui não pode ser contra ninguém, tem que ser positivo".
Foi decidido publicar uma resenha, um novo Diálogo em 15 dias, e uma grande atividade em 30 dias no DZ contra as tropas no Haiti.