DAP discute eleições e resistência
O Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista reuniu-se domingo, 25 de novembro, na sede nacional do PT em São Paulo para discussão do balanço das eleições e as tarefas do DAP e do PT. Uma discussão que os grupos de base e as plenárias convocadas pelo DAP já iniciaram para enfrentar os desafios do próximo período.
A partir da exposição inicial de Angelo Vanhoni, foi aberto o debate, com ênfase na necessidade de organizar a resistência dos trabalhadores e do povo em defesa da democracia e dos direitos ameaçados.
A discussão
Questões como o caráter autoritário do governo Bolsonaro, a crescente atuação política dos militares e do Judiciário extrapolando suas atribuições, inclusive com um tipo de tutela da cúpula militar, foram destacadas.
Foi lembrado o quadro internacional de ofensiva do imperialismo no continente, para compreender a situação no Brasil.
Sem pretender esgotar a discussão nessa reunião, o Comitê Nacional concluiu ser importante o PT tirar todas as lições da avaliação do porquê ter prosperado a ofensiva da extrema-direita contra as conquistas populares e contra o próprio PT.
Várias falas buscaram as raízes na própria experiência de governo do PT, especialmente o segundo mandato de Dilma.
Isso para enfrentar a nova situação, a começar pela defesa da Previdência, que o capital financeiro exige de Bolsonaro que seja o primeiro alvo de ataque.
Lula é símbolo da luta dos trabalhadores
Vanhoni ainda destacou a importância da campanha Lula Livre.
“A luta para libertar Lula é hoje a expressão mais importante do combate em defesa dos direitos e da democracia, ameaçados pela escalada do golpe com a vitória de Bolsonaro.
Lula simboliza como ninguém, o movimento da classe trabalhadora. A campanha será também o melhor instrumento de reafirmação do PT”.
O Comitê Nacional do DAP entendeu igualmente que essa luta é central, e destacou-se a necessidade de reforçar uma campanha internacional por Lula Livre.
Afinal, questão vital de democracia, a campanha pela libertação de Lula é, também, a melhor forma de combater o “antipetismo” disseminado em setores do povo pelas instituições, partidos e políticos das classes dominantes através da mídia.
Orientações aos grupos de base
Os grupos de base deverão aprofundar o balanço destas eleições e, claro, retomar o esforço, junto aos aderentes do Diálogo e Ação Petista, de arrecadação mensal do “cafezinho”.
Afinal para um ano em que será exigida muita discussão e luta, é preciso reforçar as finanças do DAP, através da contribuição dos militantes.
O Comitê Nacional ainda orientou os grupos de base do DAP a se reunirem até fevereiro, para discutir o Relatório do Comitê que será publicado e a resolução aprovada pelo Diretório Nacional do PT em 30 de novembro.
O DAP deverá estimular os diretórios de base do PT a realizar plenárias de balanço das eleições e, caso os diretórios não organizem, os próprios grupos de base devem se dispor a chamar plenárias abertas de balanço.
Na situação posterior ao resultado eleitoral, o DAP avalia ser também sua própria responsabilidade ajudar a desenvolver a discussão com os militantes do PT que querem ir à raiz dos motivos da derrota, de modo a auxiliar o próprio partido a ter sucesso na organização da resistência.
Eleições nas mesas diretoras dos parlamentos
A coordenação ainda discutiu uma posição sobre a votação das mesas da Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais. A coordenação nacional considerou como critério mínimo para apoio a candidatos que sejam pelo menos de oposição a Bolsonaro, priorizando aqueles com identidade com as pautas do PT.
O Comitê Nacional do DAP voltará a se reunir em janeiro para completar a discussão do balanço e outras questões da conjuntura e da vida do PT.
Roberto Salomão
MUITO pertinentes as discussões e orientações do DAP. Voltar às bases, oxigenar o partido… Sigamos na LUTA!