Declaração da Plenária Nacional do DAP
A plenária nacional do DAP ocorrida em 13/06 foi um reforço político e uma injeção de ânimo. Agora é hora de discutir os resultados da plenária nos grupos de base. Baixe aqui o PDF da declaração, reúna e discuta com o grupo de base. Junte-se a nós!
Declaração da Plenária Nacional do DAP
FIM DO GOVERNO BOLSONARO
Não haverá saídas para o Brasil sem a saída do governo genocida de Bolsonaro. Com ele o país vive uma escalada autoritária, com uma sequência permanente de ameaças e provocações diárias, as quais materializam uma ameaça fascista no Brasil.
Sua incompetência administrativa, escancarada pela péssima gestão do governo na pandemia; seu desprezo pelo sofrimento do povo brasileiro, dos milhares de contaminados e mortos, revelado nas suas manifestações como “gripezinha”, “resfriadinho”, “e daí?”, “quer que eu faça o quê?”, “todos nós iremos morrer um dia”, “não faço milagre”, até “tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar”, sem contar a sua presença em diversas atividades públicas propositalmente feitas para contrariar os protocolos mundialmente recomendados pela OMS e de seu próprio Ministério da Saúde.
Fazendo tudo ao contrário, sua insanidade só gera o aumento de conflitos entre as instituições existentes. Com um programa de contrarreformas, medidas antissociais, privatizantes e antinacionais, ataca a tudo e a
todos, a todo momento. Do poder Legislativo ao poder Judiciário. Um governo da tensão permanente. Da incompetência. Da erosão dos valores democráticos.
Não reforma, desmonta: o Estado, a Constituição e a democracia.
Não reforma, deforma: as instituições, a imagem do País e a soberania nacional.
É o governo dos gabinetes de ódio. É o governo do desgoverno. Do desprezo à ciência e do culto ao achismo. Não une, divide. Em suas mãos o País derrete em tudo: na economia, na política, na educação, na saúde e na ciência.
O governo genocida de Bolsonaro é um governo de incapazes e inconsequentes que dá de ombros para a situação do povo brasileiro. O bolsonarismo não tem militantes, tem milicianos.
O povo brasileiro não merece isso!
Diante desse quadro o PT tem que lutar pelo fim imediato do governo Bolsonaro. O PT não vai trair o povo brasileiro. O PT vai continuar a fazer oposição sistemática e contundente, e vamos levar a luta até o fim, pelo
fim do governo genocida de Jair Bolsonaro.
A LUTA PELA DEFESA DA DEMOCRACIA
Nós queremos democracia, mas a democracia pela qual lutamos é aquela que defende e protege os direitos do povo trabalhador do Brasil. Nós, os petistas, não vamos nos omitir, não vamos desistir de nossas propostas.
Não vamos fugir de nossa história. De nossa trajetória. Vamos lutar. Nós somos socialistas e não queremos que a barbárie atual continue se alastrando em nosso País.
Fora Bolsonaro! Viva o PT! Viva o DAP do PT! Nenhum passo sem o povo!
Nós estamos vendo a malvadez desse governo que se utiliza da pandemia para revogar, tanto as conquistas que a duras penas tiveram os trabalhadores, com a retirada de seus direitos, como também dos estudantes, das universidades, agredindo a ecologia, incendiando a Amazônia, destruindo as áreas de proteção ambiental, substituindo o ensino presencial pela educação a distância. Enfim, a gente vê que o governo Bolsonaro está se aproveitando da pandemia para tentar passar a boiada do ultra neoliberalismo em nosso país, numa escala como nunca a gente viu antes.
A SITUAÇÃO INTERNACIONAL
A atual crise é internacional. A resistência também. E é quase que simultânea com outros povos e essa situação pode ajudar a reforçar a nossa luta, se a gente tiver a possibilidade de fazer intercâmbios permanentes, com a luta dos trabalhadores de outros países. Na África. Na Argélia. Na Europa. Nos EUA. No Chile. No México, etc. Daí, o sucesso que foram
as experiências, quer da “live” internacional, quer da nacional que foram feitas por nós, há pouco.
Isso mostra que o DAP está se adaptando rapidamente a essa situação da nova conjuntura. Essa situação excepcional da pandemia. A única coisa que o DAP mostra aos militantes do PT é a certeza de que temos de lutar. Que nós temos que resistir. Que há uma escalada autoritária em nosso País e que nós temos que enfrentar essa situação, resistindo e lutando. Nós não
temos outra alternativa senão lutar.
O CALENDÁRIO ELEITORAL E AS MANIFESTAÇÕES DE RUA
Esse ano é um ano eleitoral. Nós vamos apoiar a Benedita, no Rio. O Lino Peres, em Florianópolis. E tantos (as) outros (as) companheiros (as) pelo Brasil afora. De que jeito? Vamos apoiar com base em um programa mínimo. Que contenha as propostas e as bandeiras históricas do PT. Um programa que vise sempre a defesa e a recuperação dos direitos do
povo trabalhador que nos municípios também estão sendo tirados.
Nós temos que apoiar candidatos que assumam o compromisso de defesa dos cidadãos, dos trabalhadores. É isso que faz a militância petista nos respeitar. Quando as pessoas vêem a gente do DAP, elas respeitam, elas sabem que estamos no trajeto correto, sempre defendendo a bandeira do PT. E hoje está mais fácil porque, tanto, a presidente Gleisi como
o nosso presidente Lula, tem feito intervenções no mesmo sentido, e com as mesmas preocupações nossas sobre a conjuntura e sobre as tarefas do PT.
O DAP tem que apoiar e participar também das manifestações de rua. É verdade que tem que ter cautela. É verdade que tem que ter distância. É verdade que tem que ter máscaras. É verdade que tem que obedecer os protocolos da OMS. Mas temos que ir para as ruas sem medo de enfrentar essa situação. As ruas são nosso lugar preferido. Sempre foi. É lá que a gente nasceu e cresceu no PT. É lá que o DAP hoje, busca fazer com que o PT saia de um certo comodismo, saia dos espaços exclusivamente institucionais e venha, de novo, a se encontrar com o povo. Com cuidado e responsabilidade. Mas sem medo, sem titubear. Portanto, sempre que possível a gente deve ir às manifestações, mostrar os nossos “pirulitos”. Em todas essas manifestações vamos mostrar a estrela do PT. O vermelho do PT. A bandeira do PT. E sempre que possível, com a identidade do DAP.
O DAP tem que aproveitar o período eleitoral também para defender o legado dos governos do PT e a inocência do Presidente Lula. Também devemos aproveitar o espaço e o calendário das eleições para lembrar o golpe feito pelas elites contra a Dilma, a injusta situação jurídica do Lula, e a perseguição implacável ao PT, para que a gente possa também relembrar na campanha e na busca do voto esses fatos e recuperar a verdade sobre a narrativa do golpe e defender o nosso legado e a inocência de Lula.
EM CONCLUSÃO: NOSSAS TAREFAS
Tem muita luta para a gente participar. Tem muita luta para a gente lutar. E o nosso papel, do PT, nos períodos eleitorais serve para isso. Os espaços institucionais para um partido como o nosso são importantes. O erro é a gente só fazer política nesses espaços, se distanciando das bases, das nossas origens, da população. Então, a gente tem que ter um pé no parlamento ou no executivo e manter o outro na periferia, nos sindicatos, nos movimentos sociais, junto ao povo sofrido.
Espaços institucionais são importantes, mas não podem ser exclusivizados. Não podemos nos distanciar das bases populares. O poder popular está nas ruas. Na periferia. No campo. Nas lutas contra o racismo. Em defesa do meio ambiente. Da juventude. Das mulheres. Dos grupos LGBTs. Dos quilombolas. Dos sem terra. Dos sem teto.
E, por fim, o DAP não pode deixar de pensar como vai ficar a situação do nosso país depois do governo genocida de Jair Bolsonaro. As instituições vão estar em frangalhos. O governo Jair Bolsonaro vai acabar. O povo vai passar por cima de suas propostas reacionárias, mas as instituições vão estar comprometidas e enfraquecidas. E para recuperá-las, sob a
conveniência e a necessidade da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, livre e soberana.
Companheiros (as) do DAP, essas são as nossas tarefas imediatas. A elas, então! Com a garra de sempre.
PT, Saudações!
Junho/2020