Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista – ‘Gilson Lyrio’

150 petistas autofinanciados de 13 Estados – 110 delegados e 40 convidados – se reuniram neste fim de semana, 29 e 30 de julho, em São Paulo, capital, no 9° Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista DAP – “Gilson Lyrio”.

O DAP congrega petistas sob o lema “agir como o PT agia”. Gilson foi um fundador do PT, membro do Comitê Nacional do DAP e do Diretório Estadual de Minas Gerais, que perdemos este ano.

Estiveram nas mesas, pela ordem, Monica Baltodano (antiga dirigente da FSLN na Nicarágua, desterrada pelo atual governo), e os petistas Luís Eduardo Greenhalgh, Julio Turra, Sumara Ribeiro, Markus Sokol, Áurea Alves, Alessandro Soares, Paulo Farias, Misa Boito e Mazé Favarão.

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Os delegados eleitos pelos Grupos de base do DAP discutiram a situação internacional e nacional e, com base num balanço dos primeiros seis meses do governo Lula, adotaram algumas bandeiras (abaixo).

Os delegados decidiram intervir para ampliar a luta por direitos e pela reconstrução, contra a direita e a extrema-direita que dominam o Congresso Nacional, contra o engessamento fiscal e injustiça tributária, e o ativismo judicial. Para realizar as reformas populares estruturantes, os fatos impõem a perspectiva da Constituinte Soberana que deverá se colocar.

Nessa perspectiva, o DAP decidiu concentrar a mobilização, por baixo e nas ruas, nos movimentos populares, nos sindicatos, no campo, nos bairros, nas escolas, em apoio à luta da juventude, e nas instâncias do PT, é claro, pelos compromissos de campanha de Lula, no interesse do povo trabalhador e da autodeterminação dos povos.

O DAP se felicita pela posição do presidente na guerra da Ucrânia, de recusar o envio de armas, pelo fim da guerra e o cessar fogo. O DAP se congratula com o presidente pelo conjunto de programas sociais recuperados.

Uma Declaração Final do Encontro Nacional do Diálogo Petista será publicada nos próximos dias.

Desde já, o ENDAP:

★ Reafirmou a posição ‘nem Putin, nem OTAN’ na guerra na Ucrânia;
★ Associou-se à Carta ao Foro de S. Paulo dos 222 nicaraguenses desterrados por Ortega;
★ Associou-se à luta contra a extradição pedida por Putin de 3 militantes russos progressistas refugiados no Quirguistão;
★ Tomou posição pela Retirada das tropas dos EUA do Peru;
★ Reafirmou a solidariedade e pela Soberania do povo haitiano;
★ Reafirmou a solidariedade a luta do povo palestino.

O DAP se engajou, entre outras bandeiras e reivindicações:

★ Na Marcha convocada pela CNTE no dia 9 de agosto pela Revogação do Novo Ensino Médio;
★ Decidiu integrar-se à defesa do piso da Enfermagem;
★ Na luta contra as Privatizações nos Estados (Sabesp e outras);
★ Pela ampliação de Institutos Federais;
★ Por Creches para todas as crianças;
★ Pela revogação da Reforma trabalhista e o Fim do trabalho escravo;
★ Por Candidaturas do PT nas eleições municipais de 2024 sem alianças esdrúxulas;
★ Pelo fim do Artigo 142 e a militarização das PMs.

Um conjunto de resoluções organizativas foi adotado por um plenário entusiasmado, com algumas intervenções até emocionantes. Para a reflexão necessária para ação, se recomendou a organização de ‘ciclos de debates’ nos Grupos de base com uma seleção livre do Caderno de Contribuições ao ENDAP (disponível no site).

Este foi o mais representativo Encontro do DAP, com a participação de delegados (as) fabris, ligados à movimentos de mulheres, de negros e de LGTB, além dos bairros. Ao final, um novo Comitê Nacional foi eleito, contando com a participação de 13 companheiros e companheiras de várias regiões do país.

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