Dia Nacional de Luta mostra resistência dos trabalhadores

Mais de 5 mil manifestantes na avenida Paulista, em São Paulo; outros 3 mil, basicamente metalúrgicos, no ABC. Atos em várias capitais do país, organizados pelas centrais sindicais, como em Curitiba, onde dezenas de indústrias metalúrgicas pararam. Foi assim o Dia Nacional de Luta em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores, chamado pela CUT e demais centrais sindicais.

Os números podem não expressar adequadamente o significado do Dia Nacional de Luta. Na verdade, a jornada expressa a atividade independente das massas trabalhadoras, com suas organizações, no sentido de evidenciar sua agenda e suas reivindicações. O combate às Medidas Provisórias 644 e 655, anunciadas pelo governo Dilma e que retiram direitos dos trabalhadores, foi o centro das manifestações que, contudo, incluíram ainda a defesa da Petrobrás e da Caixa Econômica Federal.

Na sequência da mobilização da Volks, quando os metalúrgicos conseguiram a readmissão de centenas de companheiros, o Dia Nacional de Luta mostra um movimento crescente de resistência às pressões do mercado, que tem um de seus diletos representantes, Joaquim Levy, no coração do governo Dilma.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, considerou as MPs uma “barbeiragem” do governo Dilma. “Barbeiragem”, no entanto, reafirmada pela presidente aos ministros. Já o vice-presidente da CUT-PR, Márcio Kieller, foi mais enfático: “Não vamos aceitar retrocessos. Não queremos uma agenda econômica calcada em arrocho, recessão e desemprego.”

Os trabalhadores organizados são a única força capaz de obstar a ofensiva do capital financeiro sobre os direitos sociais e as riquezas da Nação.

A Avenida Paulista foi tomada pelos manifestantes, que tiveram o apoio da Juventude e Revolução
A Avenida Paulista foi tomada pelos manifestantes, que tiveram o apoio da Juventude e Revolução

 

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