Debates da Constituinte trazem problemas à tona
Os debates sobre a Constituinte Soberana já realizados pelo DAP estão possibilitando uma rica discussão, fazendo emergir os problemas concretos: desde as reivindicaçõs mais urgentes e necessárias do povo, até as questões políticas de atuação do PT. Um exemplo são os debates já feitos na capital paulista.
O DAP de São Paulo-Capital decidiu atender ao apelo do Comitê Nacional e organizar a discussão sobre a Constituinte a partir da reunião dos grupos de base. Já estão agendadas ou já foram realizadss 8 reuniões na capital, de um objetivo de 12. As reuniões são realizadas de formas distintas, presenciais ou on line.
O DAP Paulista, que se reuniu de forma online no dia 4 de novembro, contou com a participação de 11 companheiros juntamente com a companheira Misa Boito, do Comitê Nacional, que apresentou o Caderno e esclareceu as dúvidas dos presentes. Segundo a coordenadora do DAP, Jussara Góes Monteiro, “ficou claro para nós que uma Constituinte só será soberana se atender de verdade as reivindicações da classe trabalhadora”. E Misa Boito completou: “Não adianta o PT ganhar as eleições se não tivermos uma Constituição que rompa com a burguesia”.
No Campo Limpo, extremo sul da cidade, o DAP reuniu 12 companheiros na Casa dos Meninos, no sábado, dia 6. Segundo Carlitos Pires, o coordenador, “juntos discutimos a questão da Constituinte Soberana, como perspectiva para reconstruir o Brasil, a partir do Caderno, que foi apresentado pela Babi [coordenadora do DAP Capital]”. Segundo ele, o foco da discussão foi “a podridão das instituições e as falas mostravam preocupação com as alianças em 2021. ”Uma jovem professora presente saudou a discussão pois, segundo ela, ‘essa questão não é abordada no PT e é muito importante o DAP falar disso e ter o Caderno que informa e dá argumentos’”.
Discutiu-se ainda a destruição dos parcos direitos conquistadas na “Constituinte meia-boca” de 88, como o SUS, a partir de um exemplo de luta do movimento de saúde da região, que se mobilizou contra o fechamento de um Pronto Socorro no bairro vizinho do M’Boi Mirim. A vitória do movimento foi garantida pela mobilização dos movimentos populares e sociais da região.
No extremo leste de São Paulo, no domingo pela manhã, dia 7, o DAP organizou a discussão de forma mais ampla. Babi apresentou o Caderno numa reunião do Diretório Zonal de Guaianases. Com 31 presentes, a discussão ‘pegou fogo’, com muitos inscritos, quando uma das participantes disse ao deputado estadual do PT Jorge do Carmo, presente à atividade: “A Constituinte é pra ajudar o Lula a não ter mais de fazer alianças com MDB ou o centrão pra poder governar”. Neste dia foram vendidos 9 cadernos.
No dia 9, debate da Moóca, o ponto mais discutido foi a necessidade de Lula, eleito, convocar a Constituinte.